sexta-feira, 12 de setembro de 2008

“Entre a Luz e a Sombra” regressam os Kuxakanema


Por Ratmir Cuna


Qual não foi meu aperto quando convidado pela professora Geane a escrever este post. Convidá-la aos meandros da cultura em Moçambique, através do meu olhar, ou melhor, do que de interessante se faz daquele lado do índico é sem dúvida um desafio. Afinal de contas o que acontece daquele lado do índico? Confesso, até pouco tempo meu saber se restringia a mera leitura sobre a agenda semanal, por sinal incompleta, de um tablóide, nesses três anos e poucos que aqui me encontro. Pouco encontrava e não sabia que algo ia mal. Afinal de contas “está tudo na Internet” e “quem não acha é que tem problemas”, não com estas palavras, mas disse Geane uma vez na sala. E não é que eu tinha problemas. Afinal os Kuxakanema, desde 2006, tentam regressar as telas de Maputo sob o projeto Dockanema e eu aqui sem saber. 

Há um clic fiquei sabendo que este festival ganhou vida, resultou e trás na sua terceira edição vários olhares do mundo através da cinematografia. O que vale apena conferir aqui.

Ham, a esta altura você já deve me cobrar o porquê do título deste post. Mas nada melhor que o filme “Entre a Luz e a Sombra”, da brasileira Luciana Burlamaqui, agendado no espaço Vidas e Memórias do Brasil, para ilustrar melhor o que foram os Kuxakanema que hoje tentam regressar à custa do Dockanema. Um projeto que tem por objetivo tornar Maputo a capital mundial do documentário. Que isso seja possível e que a produção local seja revitalizada, trazendo a ‘luz’ para os Kuxakanema adormecidos. E assim estão lançadas as pedras.


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