“Entre a Luz e a Sombra” regressam os Kuxakanema
Por Ratmir Cuna
Qual não foi meu aperto quando convidado pela professora Geane a escrever este post. Convidá-la aos meandros da cultura em Moçambique, através do meu olhar, ou melhor, do que de interessante se faz daquele lado do índico é sem dúvida um desafio. Afinal de contas o que acontece daquele lado do índico? Confesso, até pouco tempo meu saber se restringia a mera leitura sobre a agenda semanal, por sinal incompleta, de um tablóide, nesses três anos e poucos que aqui me encontro. Pouco encontrava e não sabia que algo ia mal. Afinal de contas “está tudo na Internet” e “quem não acha é que tem problemas”, não com estas palavras, mas disse Geane uma vez na sala. E não é que eu tinha problemas. Afinal os Kuxakanema, desde 2006, tentam regressar as telas de Maputo sob o projeto Dockanema e eu aqui sem saber.
Há um clic fiquei sabendo que este festival ganhou vida, resultou e trás na sua terceira edição vários olhares do mundo através da cinematografia. O que vale apena conferir aqui.
Ham, a esta altura você já deve me cobrar o porquê do título deste post. Mas nada melhor que o filme “Entre a Luz e a Sombra”, da brasileira Luciana Burlamaqui, agendado no espaço Vidas e Memórias do Brasil, para ilustrar melhor o que foram os Kuxakanema que hoje tentam regressar à custa do Dockanema. Um projeto que tem por objetivo tornar Maputo a capital mundial do documentário. Que isso seja possível e que a produção local seja revitalizada, trazendo a ‘luz’ para os Kuxakanema adormecidos. E assim estão lançadas as pedras.
Veja também:
e
2 Comentários:
Ei Ratmir,
obrigada pelo post! Entrei nos links (o primeiro nao está funcionando) e fiquei com vontade de ouvir as radios, as musicas, ver os filmes, a tv... vc nao poderia nos apresentar uma listinha de coisas bacanas para direcionar nossa busca? Gostaria, especialmente, de conhecer boa música e bom cinema (tenho interesse especial em cinema infantil, há algo nesse sentido)?
Um abraço,
Geane
X Edição do Prêmio União Latina do Filme Documentário – Festival de Biarritz
Este ano o comitê de seleção elegeu 14 documentários entre as 170 películas candidatas ao prêmio:
La Oroya aire metálico – de Álvaro Sarmiento Pagán (Peru, 27’, 2007)
¡YA NO MÁS! – de Félix Zurita (Nicarágua, 38’, 2007)
Entre a luz e a sombra – de Luciana Burlamaqui (Brasil, 157’, 2007)
Corazón de fábrica – de Virna Molina et Ernesto Ardito (Argentina, 131’, 2008)
Los demonios del Edén – de Alejandra Islas (México, 70’, 2007)
Spazi (des)aparecidos – de Sergio Lo Cascio (Itália, 64’, 2008)
Mi vida dentro – de Lucia Gaja (México, 120’, 2007)
La sombra de don Roberto – de Juan Diego Spoerer et Håkan Engström (Chile, 28’, 2007)
Tierra bajo agua – de Julie Morales (França, 54’, 2007)
Curundú – de Ana Endara Mislov (Panamá, 66’, 2007)
La nación Mapuce – de Fausta Quattrini (Itália-Argentina-Suíça, 96’, 2007)
El círculo – de José Pedro Charlo et Aldo Garay (Uruguai, 92’, 2008)
La Matinée – de Sebastián Bednarik (Uruguai, 78’, 2007)
Después de la neblina – de Anne Frates Slick (Equador, 77’, 2008)
O jurado da X edição do Prêmio do Filme documentário foi composto por Claude Villers, presidente do júri, André de Margerie (Arte France), Jacques Arlandis (Ex-diretor da Escola Nacional Louis-Lumière) e Guenaëlle Troly (Cadena Voyage).
O Prêmio será anunciado em 4 de outubro de 2008, por ocasião da cerimônia de encerramento do Festival de Biarritz e a película ganhadora será apresentada, durante uma projeção excepcional em 6 de outubro no Instituto Cervantes de Paris.
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Retrospectiva
“Os 10 anos do Prêmio União Latina–Festival de Biarritz do Filme Documentário”
Desde 1999, a União Latina está associada ao Festival de Biarritz para organizar o Prêmio do Filme Documentário outorgado a uma película produzida em um de seus Estados-membros e que ofereça uma visão original sobre a diversidade de culturas e contextos sociopolíticos na América Latina.
Os organizadores orgulhosamente apresentam uma retrospectiva dos documentários premiados durante estes dez últimos anos.
1999 Fé - de Ricardo Días (Brasil)
2000 El día que me quieras - de Florence Jaugey (Nicarágua)
2001 Onde a terra acaba - de Sérgio Machado (Brasil)
2002 La isla de los niños perdidos - de Florence Jaugey (Nicarágua)
2003 Estadio nacional - de Carmen Luz Parot (Chile)
2004 Relatos desde el encierro - de Guadalupe Miranda (México)
2005 Seres extravagantes - de Manuel Zayas (Espanha)
2006 Hartos Evos aquí hay - de Hector Ulloque (Colômbia)
2007 Secretos de lucha - de Maiana Bidegain (França);
O favorito do selecionador: La isla durmiente de David Martín de los Santos (Cuba).
Exposição Fotográfica
Martín Chambi (1891-1973)
Nascido em 1891, nos Andes peruanos, Martín Chambi se instala a partir de 1920 como fotógrafo em Cuzco, capital dos Incas, dos quais é descendente. Nesta época não registra apenas imagens comerciais como também, com olho de historiador, se interessa pelo passado dos Incas, o presente e o futuro do Peru. Seu estúdio se transforma em lugar de encontro de escritores e artistas. Chambi é um dos primeiros a fotografar Machu Pichu, ilustre cidade arqueológica Inca. Em 1977, quatro anos depois de sua morte, Edward Ranney, fotógrafo americano, e amigo de seu filho, estabelece um inventário e cataloga as 18.000 placas.
A exposição do Museu de Arte Moderna de Nova Iorque que teve lugar em 1979, marca a consagração de Martín Chambi, fazendo dele um dos mais prestigiosos fotógrafos peruanos do século XX.
A União Latina tem o prazer de associar-se ao Festival de Biarritz para apresentar esta exposição de 60 fotografias em preto e branco, no “Village del Festival”, de 27 de setembro a 5 de outubro.
União Latina
www.unilat.org
131 rue du Bac, 75007 Paris
Contato de imprensa: Laure Simoes,
laure.dcc@unilat.org,
01 45 49 60 64
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